Laura
Bom, devo iniciar deixando claro que não sou maluca, não tenho dupla personalidade nem sofro de nenhuma psicose grave.
O fato é que eu tenho um "outro eu", quase um personagem, criado para poder ser(e principalmente, falar), tudo o que, socialmente é "politicamente incorreto".
Sabe quando aqueles atendentes de telemarketig chatérrimos te ligam na hora mais imprópria pra te oferecer, sei lá, plano funerário pela milésima vez, (me desculpem os atendentes, mas vcs tem o dom de tirar a maioria dos seres humanos do sério), ou quando no ônibus alguém tão chato quanto o atendente de telemarketig resolve que você é uma pessoa perfeita pra falar sobre a política da guatemala, pois é, são em situações como essa que eu "encarno" a LAURA.
A Laura é normal, só não "filtra" o que diz, não tem medo nenhum de não parecer simpática e nem tá ligando a mínima pro que vão dizer ou pensar ou qualquer coisa assim.
Bem , e daí?
E daí que hoje, depois de muuuuito tempo, eu soltei a Laura.
Fui levar meu filho pra cortar o cabelo num salão indicado por uma amiga, mais perto da minha casa do que o que eu estou acostumada e, resumidamente, a criatura que se dizia profissional no corte de cabelos infantis a dez anos, fez a maior cagada na cabeça do meu pequeno.
Meu filho gritava na cadeira, quando eu me dei conta, o infeliz do "cabeleireiro" tinha raspado metade da cabeça do meu filho e a outra metade tava cheia de pontas e falhas.
Quando eu questionei (já com lágrimas nos olhos e uma raiva enorme tomando conta de mim) ele me disse que iria acertar com a navalha!
Gente, meu filho não tem nem 2 anos, já não estava confortável com a maquininha e a tesoura, imaginem uma navalha!!!
Fiquei tão nervosa, que sai de lá quase correndo.
A criatura ainda perguntou se eu não ia pagar pelo serviço.
A Laura, que a essa altura do campeonato já estava super a vontade, quase mandando o cara ir pra um lugar pouco agradável e convencional a qualquer normal, disse um sonoro NÃO!
O dono do salão sem saber direito o que fazer, tentava acalmá-la, sem sucesso.
Na minha cabeça só passava a sentença de morte que meu marido iria me dar, minhas vistas só viam meu filho desesperado de tanto chorar e parecendo um punk de quinta.
Sai de lá, levei meu filho pra casa, tomamos um banho, um suco e fui ao salão onde costumo cortar o cabelo normalmente. Meu filho está praticamente careca, mas ao menos está menos pior do que estava.
Cabelo cresce, e tá calor, ao final das contas, mas eu passei um nervoso...
Gente, fala sério, que fase!!! QUE FASE!!!!
Obs: Laura manda lembranças, voltou para sua dimensão, mas manda avisar que, precisando é só chamar! ;)
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